9 de abril de 2010

O extremo das imagens 3D

Esqueça os óculos, as telas especiais, o ângulo de visão e tudo o mais que vem fazendo o sucesso dos filmes 3D.
Para levar o conceito de projeção tridimensional ao extremo, pesquisadores do MIT, nos Estados Unidos, decidiram construir pixels voadores: cada pixel da imagem flutua de fato no ar, criando uma imagem verdadeiramente 3D.

Pixels voadores e inteligentes
Os pixels ainda não podem sair voando para fora da tela do seu computador, mas agora eles já podem sair voando do chão, em um voo coordenado, até formar as imagens no ar, como uma nuvem luminosa.

O projeto FlyFire usa um grande número de micro-helicópteros, do tipo encontrado em lojas de brinquedos, que voam dirigidos por controle remoto. Cada helicóptero contém pequenos LEDs coloridos e funciona como um pixel inteligente.

Controlados centralmente por um computador, os helicópteros são guiados de forma coordenada para executar coreografias elaboradas e sincronizadas, criando uma tela tridimensional no espaço, que pode assumir qualquer formato.

"É como no filme, quando Pooh acerta uma colmeia: um enxame de abelhas sai em sua perseguição, mudando a formação de voo para se assemelhar a um animal," diz Kang E Roon, pesquisador do SENSEable City Lab, que está coordenando o projeto. "No Flyfire, cada abelha é essencialmente um pixel que emite luz colorida e configura-se em diferentes formas."
Imagens 3D vão ao extremo com pixels voadores
Cada micro-helicóptero contém pequenos LEDs coloridos e funciona como um pixel inteligente. [Imagem: MIT]



Auto-estabilização
Usando uma tecnologia precisa de auto-estabilização e de controle, o movimento dos pixels é adaptável em tempo real. A "tela" Flyfire pode se transformar de uma forma para outra ou fazer uma projeção espacial 3D a partir de uma imagem fotográfica de duas dimensões.

"Hoje somos capazes de controlar simultaneamente apenas um punhado de micro-helicópteros, mas com o Flyfire nós queremos ampliar e atingir números muito grandes," disse Emilio Frazzoli, chefe do Laboratório que está desenvolvendo o controle de voo e estabilização dos micro-helicópteros.

Como bem sabe quem já brincou manualmente com um helicóptero desses, o nível de controle alcançado pela tecnologia de auto-estabilização é impressionante: o programa garante um posicionamento vertical estável de cada micro-helicóptero com uma precisão de 3 centímetros. O posicionamento lateral é mais complicado, e os pixels voadores devem ficar a 10 centímetros uns dos outros. Mas tudo deve ser bem combinado antes com o vento.

Tela imersiva
"O Flyfire abre possibilidades emocionantes: como em uma tela convencional, os pixels podem mudar de cor, mas agora eles também podem se mover, criando um rastro de luz transiente no espaço tridimensional," afirma Carnaven Chiu, outro membro da equipe.

"Ao contrário dos monitores tradicionais, que só podem ser vistos de frente, o Flyfire torna-se uma tela imersiva de exibição tridimensional que pode ser desfrutada de todas as direções," diz ele

Como os micro-helicópteros são bastante grandes, o experimento FlyFire é adequado para grandes ambientes, preferencialmente fechados, para evitar o vento, e onde as distâncias compensem o tamanho avantajado dos pixels. E o melhor efeito é obviamente conseguido no escuro.

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